quarta-feira, 14 de julho de 2010

Deputado Espírita se passa por Evangélico e se perpetua no cargo

Segundo informações obtidas por irmãos, em locais e datas diferentes, ligados à Rádio FM Melodia, do Rio de Janeiro, o Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB), do Rio, não é evangélico, mas espírita.

Mandato após mandato o deputado tem logrado êxito, pois seu reduto eleitoral é justamente as igrejas evangélicas, tamanha é a largura da porta que lhe é aberta, por pastores para que ele participe de cultos e reuniões.

O deputado insiste em dizer que frequenta a Igreja Sara Nossa Terra, mas nem a direção da denominação nunca confirmou que Cunha pertence à Igreja.

Para atrair a confiança dos evangélicos, a estratégia montada por Eduardo Cunha é simples: ele usa os microfones da Rádio Melodia, onde faz algumas críticas focadas na política, usando linguajar cristão e profere o jargão: 'O povo merece respeito'. Com isto ele vai se passando por bom 'servo e Deus'.

O 'evangélico' Eduardo Cunha tem um jornal, com foco cristão (que não está na internet e nem nas bancas de jornais – jornal invisível): o Folha Cristã. Anos atrás o jornal ainda circulava por algumas bancas do Rio, mas como o deputado já adquiriu a confiança dos evangélicos, o citado jornal está aposentado. Tanto é que na última campanha, em 2006, conforme consta no site da ONG Transparência Brasil, Cunha declarou à justiça eleitoral que a Empresa Jornalística Folha Cristã - CNPJ 32.271.553/0001-75 – valia apenas R$ 1.000,00 ( como alguém tem a audácia de declarar que possui uma empresa e que esta vale apenas R$ 1.000,00 !!!!!! ).

Seria bom que o deputado 'evangélico' Eduardo Cunha realmente respeitasse o povo evangélico.

Sobre o dono da Rádio Melodia, Francisco Silva, ninguém sabe a que religião ele pertence. O homem ora, lê versos bíblicos e até faz um programa chamado 'Cristo em Casa', mas ninguém sabe responder a que igreja ele pertence. Há décadas é uma pergunta sem resposta. Nem funcionários, ex-funcionários e pastores que participam ou participaram de debates na emissora conseguem essa informação secreta, guardada a sete chaves. É uma incógnita.

Sobre o deputado Eduardo Cunha, a ONG Transparência Brasil publicou:

Segundo apuração da revista Istoé, o Ministério Público Federal investiga acusação de tráfico de influência contra o deputado, que teria atuado a fim de agilizar a concessão de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Rondônia em favor do doleiro Lúcio Funaro, de quem seria sócio oculto na administração dessa PCH (Revista Istoé, 18.jun.2008).

A imprensa apontou um caso de nepotismo cruzado envolvendo os deputados Eduardo Cunha e Alexandre Santos; Eduardo empregou em seu gabinete a filha de Alexandre, que por sua vez contratou a irmã daquele como assessora (O Estado de S. Paulo, 10.set.2008).

Registros da CPI do Banestado atribuem ao deputado remessas ilegais de US$ 23.018 para o exterior. Cunha afirmou não lembrar da operação. Atribuiu a responsabilidade ao banco (Correio Braziliense, 3.dez.2005).

Foi denunciado pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, por haver indícios de incompatibilidade entre a movimentação bancária e os rendimentos declarados pelo hoje deputado em 1999 e 2000, quando presidia a Companhia estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab) (O Globo, 19.mai.2004).

Quando presidente do Cehab, foi acusado de favorecer a empresa paranaense Grande Piso em quatro licitações para construir casas populares. Dos R$ 110 milhões do projeto para construir 40 mil unidades, a empresa, do empresário Roberto Sass, ficaria com R$ 34 milhões. Sass e Cunha eram do mesmo partido (O Globo, 18.mai.2004).